NAX arquitetura: Clássico do desing da semana

Clássico do desing da semana - LC 4

| Posted in design, história, idéias | Posted on 30.11.09

(foto abaixo: http://corporateculturegetcultured.blogspot.com/)

O arquiteto suíço Charles-Édouard Jeanneret (1887-1965), conhecido pelo pseudônimo Le Corbusier (ou Le Corbu para os íntimos) foi um dos maiores arquitetos do século XX e um dos grandes responsáveis pela revolução na arquitetura moderna e o seu desenvolvimento a partir dos anos 1920. Segundo Argan seu trabalho pode ser considerado sob muitos pontos de vista: personalidade complexa, áspero, polêmico, moralista, foi ao mesmo tempo arquiteto, sociólogo, urbanista, pintor, escultor. Seu objetivo, no fundo, foi determinar a relação entre o homem e uma sociedade cada vez mais dominada pela máquina (ARGAN, G.C. Arte Moderna, 1993, p. 670). Dentre suas célebres frases está La maison est une machine à habiter (A casa é uma máquina de morar), publicada na revista Esprit Nouveau de 1923. Defendendo idéias como essa, Le Corbusier propõe a padronização e industrialização dos sistemas construtivos. Mais tarde, porém, irá se dedicar a uma arquitetura plástica, monumental, intrinsecamente ligada ao cubismo e purismo pictóricos. Suas idéias revolucionárias de pensar a planta de uma casa sintetizadas em seus "cincos pontos de uma nova arquitetura" são ainda fonte de inspiração para arquitetos do mundo todo: os famosos pilotis; os telhados-jardim; as janelas de lado-a-lado, na horizontal; fachada livre e independente da estrutura e; plano livre (paredes independentes da estrutura de concreto).

Para o desing de mobiliário, Le Corbusier contribuiu de maneira significativa na invenção de novas peças utilizando aço tubular denominadas por ele de equipamentos da habitação. A chaise-long ou CL4 é uma de suas criações mais famosas.

O arquiteto atualmente é muito criticado e tido como inimigo das cidades por suas idéias quase que higienistas de padronização e de regulação da urbe. De qualquer maneira, é interessante pensar nas questões apontadas por ele. Na época da faculdade ele foi para mim de herói a bandido, de vilão a mocinho várias vezes. Hoje percebo que sua contribuição é significativa demais para ser entendida apenas como boa ou má. Ele foi ao fundo e explorou todas as possibilidades da profissão que escolheu. Isso é, no mínimo, corajoso.