Apetite caipira

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| Posted in | Posted on 22.7.09

Um pouco mais de Carmo: doces. Quem me conhece sabe que meu apetite é maior para as comidas salgadas. Mas os doces caipiras de Minas são uma perdição. Não sei o que acontece. Pode ser a atmosfera que nos inspira a achar tudo tão delicioso e surpreendente. A maior descoberta que fiz em Carmo foi o pau-a-pique. Sinto o gosto daquela broinha enrolada na folha de bananeira até hoje. A simplicidade da idéia, dos ingredientes, a mistura das cores, o aroma de cravo e de coisa assada no forno a lenha, é tudo tão genial, que a sensação da primeira mordida é sem dúvida uma felicidade e euforia de criança. Acho que Minas mexe com os hormônios da gente. Podiam vender Minas Gerais em cápsulas.
Bom, voltando ao pau-a-pique. Encontrei algumas receitas na internet. A que mais gostei foi essa, do blog http://www.come-se.blogspot.com/. Tem receitas da Ana Maria Braga, do Olivier Anquier, mas acho que essa é a do pau-a-pique macio e úmido que eu comi em Carmo.
Pau-a-pique
2 xícaras de fubá
2 xícaras (480 ml) de água
1 xícara (200 g) de manteiga
1 xícara (240 ml) de leite
1 xícara (180 g) de açúcar
1 pitada de sal
1 colher (sopa) de erva-doce (ou cravo socado a gosto)
4 ovos
Para embrulhar: 80 retângulos de 6 x 12 cm de folhas de bananeira, passadas em água fervente.
Modo de fazer: coloque todos os ingredientes numa panela, menos os ovos. Leve ao fogo alto e cozinhe, mexendo sempre, até formar um angu grosso. Deixe esfriar. Junte os ovos um a um e vá batendo até a massa ficar homogênea. No meio de cada retângulo de folha de bananeira, coloque 1 colher (sopa) da massa e enrole no sentido do comprimento, sem apertar. Coloque em assadeira e leve ao forno preaquecido a 180 ºC. Deixe assar por cerca de 30 minutos ou até as folhas ficarem douradas.
Rende cerca de 80 unidades.
Os doces da D. Teresa também são incrivelmente originais, apesar de serem doces de compota, tão conhecidos e apreciados. O diferencial dos doces da D. Teresa está na apresentação, na textura (bem carnudos, suculentos e doces na medida certa), no formato. Dá pra imaginar caprinho maior ao criar um doce de abóbora em formato de flor? Ou mini-abacaxis colocados um a um no vidro, ou doces de limão com rendado na casca? Pois é assim que a D. Teresa nos surpreende. Ela vê a poesia da essencia dos doces e coloca-a no vidro transparente; tal como os doces da Alice, eles nos imploram: coma-me, coma-me! Mariana.

Aproveitando o post culinário, uma receita maravilhosa de pão de queijo. A Fa, minha amiga e companheira nessa viagem a Carmo, faz um pão de queijo maravilhoso (é ela na foto abocanhando o pau-a-pique). Mas a receita seguinte foi minha irmã (Fabiana também) que me enviou e pediu para colocar no blog. Ela escreveu o seguinte:

PÃO DE QUEIJO
(essa maravilha de receitinha é uma especialidade da minha assistente Fátima, ou melhor , Foooótima , certo Nana?).

1- 01 Kg. De polvilho azedo.
2- 01 copo (requeijão) de água morna
3- 01 copo de leite
4- 01 copo de óleo
5- 01 saquinho de queijo parmesão ralado
6- 05 ovos inteiros
7- 500 gr. De queijo tipo minas ralado (meia cura)
8- 01 colher (sopa) rasa de sal

Modo de fazer:

Misture a água no polvilho até ficar bem liso, sem grumes (não tenha medo de botar a mão dentro da tijela).
Ferver o leite com o óleo e misturar ao polvilho, também alisando a massa.
Junte os ovos e o sal e por ultimo os queijos.
Faça bolinhas com o pegador de sorvete untado em óleo (técnica adicionada por mim), coloque na fôrma untada ou forrada com papel alumínio, com espaços entre eles igual ao tamanho dos mesmos e asse em forno bem quente (250 graus) até dobrarem de tamanho e dourarem.
Rende aproximadamente 45 unidades.
Se preferir congelar, faça as bolinhas, congele em fôrma aberta inicialmente. Depois de congelados, desgrude da forma com uma espátula de bolo, coloque em saquinhos de congelar e volte ao freezer. Ao enfornar, pré aqueça o forno em 250 graus e asse até dourarem.

Bom apetite... E reforce a cerveja!!! (Fabiana).

Eu quero uma casa no campo...

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| Posted in , | Posted on 21.7.09

241 quilômetros. Uma estrada sinuosa e uma paisagem de tirar o fôlego. Chegamos a Carmo do Rio Claro no fim de uma tarde de quinta-feira. Foi um passeio de dois dias: pouco mas eficaz para recarregar as baterias. Eu gostaria de descrever a cidade, de ser fiel a sua beleza e a hospitalidade de seus moradores. Mas a sensação que eu tenho é que qualquer esforço nesse sentido seria supérfluo. Nunca eu conseguirei chegar perto da definição de um sentimento ou da abstração que é a “mineiridade” na vida.
Carmo é uma daquelas cidades em que o mais rico pode ser aquele que lava a sua louça, que faz o seu próprio queijo e que vive uma relação de cumplicidade com seus empregados. Tudo na mais perfeita naturalidade. É uma cidade na qual as pessoas são carentes de uma boa prosa. Tudo é motivo para contar, recontar e trazer a tona as simpatias curandeiras das avós. Ouvimos uma ótima para fazer criança começar a falar: língua de pica-pau seca na mamadeira. Isso desembesta o bichinho que demora a soltar as primeiras palavras. Conhecemos um rapaz que, segundo ele mesmo, deve ter comido umas trinta, de tanto que falava.
Em Carmo, assim como em muitas cidades daquela região, as pessoas tem sua empresa no quintal da casa; uma casa quase sempre antiga, carregada de história, de costumes e hábitos dos primeiros moradores da cidade. E é sempre o melhor doce de compota, o melhor artesanato, o melhor queijo, a melhor pinga, e por aí vai. Produtos que são comprados por grandes lojas e revendidos para nós, exímios freqüentadores de shoppings e falsos bulevares, por três vezes o preço de lá (para dizer o mínimo).

Lá as pessoas querem acumular conversa, histórias, vivências. Nós, forasteiros, somos muito bem vistos e quistos. Não há como se perder. Se você procura a casa de um Omar, pode ter certeza de que acabará tomando um belo café passado na meia, adoçado com rapadura na casa de alguém sempre muito bom de prosa. Não importa que seja o Omar artesão (aquele que procurávamos) ou o Osmar, o vizinho da senhora que nos deu a informação.
Na manhã de sexta-feira, depois de um café da manhã reforçado (que é o café banal do mineiro), e do deslumbramento com a paisagem da pousada com a luz do dia, fomos para a cidade. Eis que, saindo para a estrada, uma plantação de girassóis nos bate na cara. Tanta beleza que doía. Muito surreal dois casais tirando fotos de flores gigantes e amarelas, rindo e correndo feito crianças. A gente não viu plantação de cana-de-açúcar, tão comum por aqui. A gente viu essa plantação amarela e muito café. O mais incrível é que a mata, o serrado, estava ali também. Tudo vivendo na mais perfeita harmonia. Tudo formando uma bela pintura vangoghiana emoldurada por morros, estradas e pela represa de Furnas.










Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais...

:-) Mariana.

Viajar e abrir a mente

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| Posted in , | Posted on 15.7.09

Muito, muito a dizer... Desde o início deste blog a Mana tem dado as dicas e eu…bom, eu não tenho tanta intimidade com essas coisas de postar blogs. Encontrei muitas dificuldades, mas vamos lá...
Aqui vão algumas impressões sobre tudo que vi nessa ultima viagem ao velho mundo. Com o pretexto de acompanhar meu marido em uma feira e posteriormente comemorarmos vinte anos de casório, fiz planos de passeios, arrumei as malas e embarquei em uma jornada de quinze dias à Europa. No início foram três dias de andanças intermináveis pelos pavilhões de exposições da Techtextil de Frankfurt, que não tinha outro apelo senão o da tecnologia voltada ao uso ecologicamente correto dos recursos naturais e, é claro, a tal nanotecnologia. A ordem do dia é meio ambiente, com certeza. A feira inicialmente era um roteiro desconhecido. Porém, como tudo no mundo é regido por tendências, toda tecnologia no momento segue a direção do conforto e da preocupação com reciclagem, como presenciamos em alguns produtos de nossas feiras. O engraçado também que observei duas tendências bem definidas… ou são texturas de fibras e afins nos acabamentos e revestimentos de interiores e fachadas, ou possuem radicalmente apelo na pop art… cores berrantes, puras, misturadas ou mescladas em materiais sintéticos e brilhantes (… aliás, viva Romero Brito!!!! Está com tudo na Europa. Encontrei em uma badalada galeria de Frankfurt obras desse nosso brasileiro…Perdoem se me recuso a publicar aqui o valor da obra abaixo). Enquanto visitava a feira, nos dias que passavam, a paisagem ficou mais familiar e assim, mais fácil de absorver o modo de vida dos moradores locais. Apesar de todo avanço tecnológico e à presença de uma arquitetura cosmopolita, a maneira como os costumes tradicionais são respeitados é impressionante. Desde o cuidado com a jardinagem urbana ao uso criterioso das calçadas para relaxantes tardes ao ar livre. Contrariando tudo isso, porém, os bares e restaurantes se obrigaram a reservar áreas para fumantes. Isso mesmo… a Europa está fumando!!!!! Todos, de jovens aos mais velhos. Senti-me excluída ao não fazer parte deste “seleto” grupo que desfrutava os recantos mais aconchegantes dos espaços públicos. Nesse caso, em minha opinião, VIVA O BRASIL! Voltando a arquitetura, também impressiona a organização dos canteiros de obra… não só pela distribuição dos equipamentos, mas pelo comportamento de economia dos profissionais envolvidos. Não se via nada além da marca dos tapumes, nem o mais sutil montinho de areia… rsrsr. Conclusão óbvia é que precisamos então insistir na conscientização dos pedreiros e assistentes a fazer melhor uso dos materiais. Isso sempre me incomoda em obras… o tanto que temos desperdiçado além dos previsíveis 10%. Concluindo, não estamos muito distantes das novidades no que diz respeito à arquitetura, o que nos falta é a cultura de utilizar os recursos que temos a disposição com critério. Falta-nos mão de obra qualificada e conscientizada nas necessidades do nosso planeta... Com base na mais velha frase... Quem usa, cuida! Fabiana.

Drops coloridos

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| Posted in , , | Posted on 9.7.09

Pastilhas, de vidro ou cerâmicas, são revestimentos versáteis. Podem ser aplicadas em paredes retas ou curvas, em bancadas de banheiro ou de cozinha, em paredes e pisos inteiros ou em pequenos detalhes. Tudo depende da criatividade e da ousadia de quem quiser utilizá-las. Mas a aplicação desse material requer cuidados especiais. Antes de pedir para o azulejista executar o serviço (geralmente esse material é temido por esses profissionais), pergunte se ele conhece a forma correta de aplicação (pode variar de acordo com a pastilha - para saber mais clique aqui e aqui) e se tem alguma experiência com o material (de preferencia, vá ver o local onde ele fez o serviço). Se for mal aplicada, com certeza será dinheiro jogado fora. O serviço mal feito, no caso de pastilhas, não passa desapercebido. É 8 ou 80. É claro que não dá para exigir do profissional uma perfeição digna do Monk. Olhando de perto terá uma mais tortinha ou mais afundada que a outra. O que interessa é o aspecto do todo. Mas se a aplicação das placas for mal executada, você terá, logo que entrar no ambiente, uma sensação de desconforto. Não vai conseguir olhar para outra coisa que não seja as benditas pastilhas tortas e desniveladas. Aí, o único jeito é tirar tudo e fazer de novo. Não tem remendo que dê jeito. Outra coisa a ficar atento nesse caso, é a aplicação das pastilhas em meio a outro tipo de revestimento, como porcelanato ou cerâmica. Geralmente esses materiais tem uma espessura maior, por isso tem que compensar a diferença de espessuras na argamassa das pastilhas. No mercado de revestimentos é grande a diversidade de tipos, cores e formatos de pastilhas. É isso. Mariana.

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http://www.tudoedimais.blogspot.com/

http://www.kolorines.com.br/


http://www.decocasa.com.ar/

Fazendo diferente

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| Posted in , , | Posted on 9.7.09

Apenas idéias. Idéias para quem quer fazer uma pequena reforma ou repaginar algum ambiente. Pequenos detalhes pra fazer uma grande diferença. Idéias simples, baratas e originais. Basta um feriadão como esse (quinta-feira, 09 de julho), boa vontade e criatividade pra botar a mão na massa. Mariana.

www.tudoedimais.blogspot.com


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Top 10 do blog

Um vídeo solidário aos colegas de profissão: